Já que nosso foco é falar sobre a saúde bucal das crianças, vale falarmos sobre esta doença, que causa tanto incômodo nas crianças.
Apesar de já ser conhecida da maioria dos pais, ainda há muitos outros que pensam, erroneamente, se tratar de algum mal que afeta o estômago. Esta confusão se dá pela proximidade das palavras, porém, “estomatite” provém da palavra grega “estômato” (e não “estômago), e quer dizer “boca”.
Se trata de uma inflamação perturbadora, a boca se enche de aftas muito doloridas, geralmente é acompanhada de febre. Inevitavelmente, a criança perde o apetite e fica muito irritada. Esta doença é transmitida pelo vírus da herpes simples (HSV-1), e se aproveita do sistema imunológico enfraquecido para entrar em ação, no caso de uma gripe, por exemplo.
No primeiro momento, a gengiva fica avermelhada e começam a surgir pequenas erupções, na sequência aparecem bolhas que posteriormente se rompem, formando pequenas úlceras, semelhantes à aftas, que se espalham por toda a boca: gengiva, língua e faringe (próximo das amígdalas). No geral, os sintomas podem durar até 15 dias, sendo o período entre o terceiro e sétimo dia, os de sintomas mais intensos.
Infelizmente, não há muito o que se fazer quando a doença já se instalou. Algumas medidas são paliativas e ajudam a combater a dor e acelerar um pouco o processo de cicatrização das úlceras, somente o profissional qualificado poderá receitar medicamentos e medidas que sejam confiáveis. Por isso, consulte o odontopediatra assim que surgirem os primeiros sintomas.
A criança deverá ficar em repouso e não frequentar creches e escolas até que as lesões sequem. Devem ingerir bastante líquido e alimentos pastosos, frios e que não sejam ácidos. Manter a hidratação da criança é essencial para evitar novas complicações.
O vírus continuará no corpo para sempre, em estado latente. Por isso, novas manifestações podem surgir, uma vez que o sistema imunológico ficar enfraquecido. A boa notícia é que os sintomas tendem a ser cada vez mais amenos. Uma boa alimentação garante que o sistema imunológico da criança permaneça estável, evitando esta e outras doenças.
Não há meios totalmente eficazes de se proteger a criança, mas lavar sempre as mãos e higienizar os objetos que as crianças costumam levar à boca é sempre uma boa opção.