No Brasil, quase metade das crianças vão ter cáries até os 5 anos, sendo que esta proporção aumenta em quase 70% até os 12 anos de idade, sendo que a grande maioria das lesões ocorrem nas depressões naturais do dente (fossas), principalmente àquelas relativas à superfície do dente que ocorre a mordida (oclusão).
Nos anos 1960, foram introduzidos os selantes, com o objetivo de proteger os dentes do acúmulo de placa bacteriana e restos de alimentos, principais causadores da cárie. Desde então, inúmeros estudos foram feitos a fim de determinar a eficácia e indicação dos selantes, principalmente em crianças e pré-adolescentes.
A partir de ensaios clínicos randomizados (os que detém um maior índice de acerto e aceitação no cenário acadêmico e científico), a eficácia do selante em relação a prevenção de cáries de fossas e fissuras apresentou superioridade em relação a outros métodos preventivos.
A indicação, como não poderia ser diferente, é principalmente aos indivíduos que possuem um maior risco de desenvolver a cárie, ou seja, crianças e pré-adolescentes, ou por uso exagerado de substâncias que colaboram com o quadro (açúcares, de forma geral) ou por não realizarem corretamente a higiene bucal. São populações mais vulneráveis, até pela formação ainda precoce do dente e temporária fragilidade.
O selante demonstrou ter eficácia superior a 50% na prevenção e retenção de lesões, durante o período de 5 anos. Além disso, apresenta um custo-benefício melhor do que outros tipos de tratamentos preventivos.
O selante é formado por uma resina que, por ser líquida, é capaz de penetrar nos microporos do esmalte dentário, impermeabilizando a superfície dos dentes, preservando a saúde bucal. É importante que o profissional que irá fazer a aplicação do selante seja capacitado, pois se o selante for aplicado em quantidades muito pequenas, não causará o efeito esperado, ao mesmo tempo se for aplicado em grande quantidade, poderá interferir na mordida (oclusão).
Procure sempre um profissional especializado.