Quando se fala em “odontopediatria”, muitas pessoas associam apenas ao atendimento infantil. Porém, este profissional também está habilitado para o atendimento do adolescente.
É de conhecimento geral que uma das fases mais complicadas em relação à atitudes comportamentais é justamente a adolescência. Por isso, tão importante quanto o acompanhamento da criança por um profissional especializado é o acompanhamento do adolescente, pois este começa a expressar sua identidade de forma muito mais intensa, e, muitas vezes, precisa de uma orientação específica.
Entre as tantas vertentes relacionadas à adolescência, está o fato de que ele estão muito mais propícios e assumirem riscos (muitas vezes por ignorá-los) e a serem transgressores. É nesta fase que as pessoas costumam ter menos cuidados com a saúde, inclusive com a saúde bucal. Aliado a uma despreocupação quase sempre inerente à idade, está o aumento do uso de alimentos menos saudáveis e até substâncias ilícitas. Este comportamento influencia no aumento de doenças periodontais, cáries, halitose, traumatismos dentários, entre outros males.
Além dos problemas citados, causados por uma conduta comportamental, há também outros riscos causados por fatores biológicos, como problemas influenciados por alterações hormonais, que causam acúmulo do biofilme bacteriano, podendo aumentar as chances de ocorrerem quadros de gengivite crônica.
Até mesmo alguns comportamentos como morder lápis, usar os dentes para abrir embalagens, são fatores que contribuem para problemas como quebra e desgaste do dente, má oclusão, mau hálito etc.
Muitos adolescentes também gostam de se diferenciar e optam pelo uso de piercings na boca, por exemplo. O uso do acessório aliado à má higiene bucal (nada incomum nesta fase) é uma potencial combinação para surgimento de complicações como infecções e outros problemas.
O odontopediatra está apto a orientar o adolescente, da melhor maneira possível, incentivando, juntamente com os pais, sobre o autocuidado e sobre hábitos saudáveis de vida. Neste sentido, o odontopediatra será um incentivador, estimulando o protagonismo juvenil, além de ser o profissional que fará indicação por medidas de prevensão, como uso de selantes e outros tratamentos.
O cuidado precário da saúde bucal nesta fase acarreta em consequências que serão levadas por toda a vida. É desde criança que se criam hábitos saudáveis, e é fundamental reafirmá-los quando se chega na adolescência.