Em torno dos 6 anos, em média, os dentes de leite caem para proporcionar espaço para os dentes permanentes. Apesar desta estimativa, este período da troca de dentição pode ser antes ou depois desta idade, sendo que nas meninas geralmente os dentes de leite caem antes dos meninos.
Todos os 20 dentes de uma criança costumam nascer dentro de 3 anos.
Um dente de leite geralmente não cai até que o dente permanente não comece a empurrar para tomar o lugar do dente temporário, porém, alguns fatores podem alterar esta natureza. Confira a seguir.
A QUEDA PRECOCE
É possível que a criança perca um dente de leite precocemente (antes que o dente permanente esteja pronto para nascer) devido a algum trauma, cárie, hábitos, fatores ambientais ou ainda alterações hormonais, sendo que esta última causa vem se tornando mais comum com o tempo.
Os dentes de leite desenvolvem um papel fundamental em manter o espaço necessário para o crescimento daqueles definitivos. No caso de queda precoce do dente de leite, o profissional pode optar em colocar um mantenedor de espaço até que o dente permanente esteja pronto para nascer, e assim evitar futuros problemas de deficiência de espaços. A queda dos dentes de leite geralmente é indolor, mas as gengivas podem parecer inchadas e algumas crianças podem reclamar de dor, sendo que sangramentos na gengiva são comuns, devido ao acúmulo de placa bacteriana acumulado devido ao medo que as crianças apresentam quando os dentes estão com mobilidade.
Para aliviar o desconforto, o Odontopediatra pode receitar anti-inflamatórios ou analgésicos tópicos. Os pais podem ainda ajudar a controlar os sintomas com uma alimentação mais apropriada para esta fase.
De qualquer forma, a consulta com o Odontopediatra é indispensável para se ter certeza de que não existe uma doença subjacente. Muitas pessoas pensam que não é necessário ir ao dentista porque a queda de um dente é algo natural, porém um dente cariado pode causar complicações em um curto espaço de tempo.
TRAUMAS
Em casos de trauma, o dente pode tornar-se partido ou ainda entrar na gengiva. Em caso de trauma, a criança deve ser prontamente levada ao Odontopediatra, que irá avaliar o caso e indicar a melhor conduta.
DISTÚRBIOS HORMONAIS E HEREDITÁRIOS
O aumento dos hormônios tireoidianos, pituitário e sexuais podem aumentar o metabolismo do organismo, estimulando a erupção precoce dos dentes. Estes distúrbios podem ser de origem hereditária ou mesmo devido a alimentação menos saudável, já que alimentos industrializados e até mesmo de origem animal, possuem uma dose de hormônios cada vez maiores. Por isso, sempre que possível, é necessário optar por alimentos orgânicos ou de origem conhecida.
Raça e sexo afetam a cronologia de erupção dos dentes, como por exemplo: negros apresentam erupção dentária antecipada, assim como as mulheres tendem a ter a erupção dos permanentes antecipada em relação aos homens.
HÁBITOS E FATORES AMBIENTAIS
O hábito de chupar dedo ou chupeta aumenta a atividade funcional dos dentes anteriores, podendo levar à perda precoce dos dentes de leite.
Crianças residentes em zonas urbanas tendem a ter a erupção dentária antecipada quando comparadas às crianças residentes em zonas rurais, algo que a alimentação com maior ou menor concentração de hormônio poderia explicar, já que moradores de zona rural tendem a ter uma alimentação mais saudável, menos industrializada.
CUIDADOS COM OS NOVOS DENTES
Nesta fase, a escovação é mais importante do que nunca. É necessário supervisionar o processo até que a criança tenha cerca de 10 anos. As escovas de dentes devem ser substituídas a cada dois ou três meses ou ainda após um quadro de doença.
ACOMPANHAMENTO CLÍNICO Perder um dente precocemente pode gerar grandes sequelas quando não acompanhado, por isso, fazer o acompanhamento com profissional especializado nesta fase é tão importante, ele está apto a avaliar cada situação e se for o caso, indicar o melhor tratamento.
FICA A DICA
- Perder um dente precocemente por ser algo normal, mas também pode indicar um problema, por isso, solicite sempre a avaliação de um profissional especializado; - Os cuidados com o dente permanente devem ser redobrados, afinal, eles irão acompanhar a criança para o resto da vida. Os pais devem auxiliar os filhos na escovação até os 10 anos; - Cuide da alimentação da criança, ela fará bem aos dentes e a saúde como um todo.