O hábito de roer ou comer as próprias unhas se chama Onicofagia. Embora em muitos casos perdure até a idade adulta, a maior incidência deste mau hábito ocorre na puberdade e em seguida em crianças de 7 a 10 anos.
Na grande maioria das vezes, esta condição surge em função de estados de ansiedade e pode estar associado com episódios de stress e ansiedade, transtornos emocionais, mentais e alterações psiquiátricas. De uma forma geral, crianças não estão preparadas para lidar com situações que envolvam este sentimento, podendo aderir a maus hábitos que acabam servindo de fuga.
Morder as unhas pode resultar em infecções cruzadas pelo transporte de bactérias e vírus das unhas até a boca ou vice-versa. Este hábito é prejudicial a longo prazo para o esmalte dos dentes. Hábitos anormais como a onicofagia, se mantidos por períodos longos de tempo, podem se tornar deformantes e trazem como consequência alterações da oclusão, podendo acarretar em transtornos na linguagem e no desenvolvimento físico e emocional da criança, motivos pelos quais devem ser removidos precocemente.
Crianças que mamam no peito nos primeiros meses de vida apresentam menores de chances de apresentarem hábitos bucais nocivos, tanto pelo desenvolvimento do ritmo funcional do complexo bucal, quanto pelo desenvolvimento emocional da criança.
Apesar de haverem tratamentos medicamentosos para o problema, a única terapia para a onicofagia que apresenta adequada fundamentação na literatura é a comportamental e cognitiva, que vai desde a mudança de hábitos até uma terapia de controle de estímulos para identificar e eliminar o que leva a criança a roer as unhas.
Vale salientar que a utilização de aparelhos para tratar a onicofagia não tem recomendação científica.
FICA A DICA
- Não puna a criança! Converse com ela sobre os possíveis males que este hábito pode causar, sempre de forma carinhosa. - Observe a criança. Tente descobrir quais os gatilhos a levam a roer as unhas e procure resolver a questão. - Elogie o progresso da criança!