Já falamos aqui no blog sobre alguns hábitos nocivos que os bebês podem desenvolver, como chupar o dedo, chupeta ou mamadeira, hábitos que normalmente podem ser evitados com o controle dos pais.
Quando falamos de adolescentes, os hábitos normalmente mudam, assim como o controle deles, que foge ao alcance dos pais. São hábitos muitas vezes corriqueiros, mas que podem causar grandes alterações e prejuízos para os jovens. Vamos lembrar que eles ainda estão em fase de desenvolvimento, portanto, certos padrões podem alterar radicalmente a evolução normal de suas estruturas, inclusive bucal e postural. É um período caracterizado por grandes transformações físicas, psicológicas, sociais e que pode propiciar a presença de hábitos parafuncionais.
Os hábitos nocivos a que nos referimos são chamados de hábitos parafuncionais Pesquisas apontam que um dos hábitos mais frequentes entre os adolescentes é o uso da goma de mascar e outros produtos relacionados, como pirulitos, balas e até gelo. Além disso, costumam desenvolver o hábito de morder objetos aleatórios, como lápis, pequenas peças plásticas etc.
Apesar desses hábitos terem origem multifatorial, muitos deles são desenvolvidos em função de estresse, como cobrança nos estudos, ansiedade por novos relacionamentos etc. Quando não eliminado, o estresse é capaz de promover grande aumento de tensão muscular, hipertensão, asma, arritmias cardíacas e desenvolvimento de parafunções. Outros hábitos comumente adquiridos por adolescentes, são:
• Bruxismo (hábito involuntário de ranger os dentes). • Onicofagia (hábito de roer as unhas). • Apertamento dental (hábito de apertar os dentes durante o dia).
Todos esses hábitos exercem forças excessivas sobre a musculatura mastigatória, produzindo dores de cabeça, problemas gengivais, desgaste do esmalte ou mobilidade dental e disfunções temporomandibulares, entre outros sintomas.
AJUDA
A ajuda deve partir de casa. Os pais têm o papel fundamental de oferecer ajuda, buscar compreender suas angústias e estabelecer limites saudáveis para o bom desenvolvimento dos filhos. Os pais devem procurar ajuda profissional, tanto para o diagnóstico dos aspectos psicológicos quanto fisiológicos.
Algumas práticas, como exercícios físicos, esportes, dança e atividades ligadas à arte podem ajudar, e muito, no alívio e controle do estresse. Portanto, devem ser incentivas pelos pais. Além disso, o Pediatra, o Odontopediatra, entre outros profissionais, devem ser consultados para diagnosticar aspectos fisiológicos relacionados ao problema.
CONCLUSÃO
Em conclusão sobre os hábitos bucais nocivos, pode-se observar que estes necessitam de uma abordagem multidisciplinar, que englobe não só o controle mecânico do processo, mas também o controle psicológico, a fim de proporcionar um atendimento holístico ao paciente adolescente.