Medicamentos são aliados indispensáveis em diversas situações clínicas.
No Brasil, estudos demonstram que a prática da automedicação é alta! São vários os fatores que influenciam nesse hábito: aumento da expectativa de vida, aumento de doenças crônicas, de doenças transmissíveis, de origem psicológica e até mesmo o aumento das doenças oriundas da degradação do meio ambiente.
A dificuldade de acesso aos serviços de saúde, a demora no atendimento público são outros fatores que favorecem a automedicação. Apesar disso, mesmo pacientes que fazem uso exclusivo de serviços particulares, também recorrem à automedicação, com mais ou menos frequência.
A falsa segurança de que o uso de determinados medicamentos sem indicação de um profissional da saúde é seguro, por muitas vezes alcançar os resultados esperados sem aparentes prejuízos, cria uma certa base para a continuidade do hábito, inclusive fazendo com que mães, pais e cuidadores repitam o processo com as crianças, aumentando os riscos. Na Odontologia, medicamentos como analgésicos e pomadas de uso tópico estão entre os de uso mais frequente, sem a devida prescrição.
Até mesmo determinados cremes dentais precisam ter sua composição analisada para que seu uso seja liberado, dependendo da idade do paciente ou de alguma condição específica.
RISCOS
Existem diversos males possíveis na automedicação, dependendo do tipo do medicamento e do paciente, mas basicamente podemos falar em intoxicações medicamentosas, incompatibilidade com outros medicamentos e as diversas reações adversas que podem ocorrer.
No caso dos analgésicos, medicamentos amplamente consumidos sem prescrição, devemos considerar a possibilidade de distúrbios gastrointestinais, reações alérgicas e efeitos renais. No Brasil, a quarta causa de internação é relacionada a intoxicação medicamentosa.
CONSULTE SEMPRE UM PROFISSIONAL
É preciso capacitação para prescrever um medicamento, por mais inofensivo que ele aparente ser.
Nunca se automedique, priorize a assistência médica ou odontológica no caso de qualquer sintoma ou mesmo em ações preventivas.
Jamais ofereça medicamentos a uma criança, os riscos se tornam potencialmente elevados.
FICA A DICA
Manter uma vida saudável, com hábitos como alimentação saudável, prática de exercícios, cuidados com a saúde mental, manterá você e sua família longe da necessidade de medicamentos e intervenções médicas.