A amamentação pode oferecer um efeito protetor contra o desenvolvimento do câncer de mama, uma das formas mais comuns da doença entre as mulheres.
Durante a gravidez, ocorrem várias mudanças hormonais no corpo da mulher que podem diminuir a exposição das células mamárias a hormônios como o estrogênio, que estão relacionadas ao aumento do risco de câncer de mama. Além disso, a amamentação promove a diferenciação das células mamárias, o que pode torná-las menos suscetíveis a transformações malignas.
Estudos sugerem que quanto mais tempo uma mulher amamenta ao longo da vida, maior o efeito protetor contra o câncer de mama, especialmente em mulheres que amamentam por períodos superiores a um ano. Além disso, a amamentação pode reduzir o risco tanto do câncer de mama receptor de estrogênio positivo quanto do câncer de mama triplo-negativo, que é mais agressivo e menos comum.
Efeitos difundidos
A amamentação também está associada a outros fatores que podem reduzir o risco de câncer de mama. Mulheres que amamentam geralmente têm menos ciclos menstruais durante a vida, o que diminui a exposição cumulativa ao estrogênio. Além disso, a amamentação pode ajudar na perda de peso pós-parto, o que também é benéfico, já que o excesso de peso está relacionado ao aumento do risco de câncer de mama, especialmente após a menopausa.
Embora a amamentação não seja uma garantia de prevenção, ela é considerada um dos fatores de proteção contra o câncer de mama. Incentivar a amamentação como parte das estratégias de saúde pública pode, portanto, trazer benefícios não só para a saúde do bebê, mas também para a redução do risco de doenças graves como o câncer de mama.
Amamentação durante o tratamento do câncer de mama
Para mulheres que sofrem de câncer de mama durante o período de amamentação, a continuidade da amamentação pode ser afetada pelo tratamento. Os principais tratamentos para o câncer de mama incluem cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapias hormonais, e cada um desses tratamentos tem implicações diferentes para a amamentação.
Para muitas mulheres, a amamentação não é apenas uma fonte de nutrição para o bebê, mas também um vínculo emocional profundo. Interromper a amamentação devido ao tratamento do câncer de mama pode ser um desafio emocional, aumentando o estresse e a ansiedade já causada pelo diagnóstico da doença. Portanto, é importante que as mulheres recebam apoio psicológico e orientação adequada para lidar com essas questões.
Os profissionais de saúde podem sugerir alternativas, como a ordenha do leite antes de iniciar tratamentos agressivos ou a utilização de fórmulas infantis. Além disso, o aconselhamento com especialistas em lactação e a criação de um plano de cuidados personalizado podem ajudar as mães a enfrentarem essa fase com mais segurança.
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