Frênulo labial, também conhecido como “freio labial”, é um tecido localizado no lábio e que se conecta com a gengiva. Basicamente, tem a função de estabilizar a linha média do lábio e evitar a exposição da gengiva.
Nos recém-nascidos, o freio mais protuberante tem a função de auxiliar no trabalho na sucção de todo o músculo ao redor da boca. Vale lembra que o freio LINGUAL - como o próprio nome demonstra, se refere ao tecido que conecta a parte inferior da língua à base da boca – pode ter uma alteração anatômica e assim criar uma dificuldade na amamentação, precisando ser tratado o quanto antes (para ler sobre esse tema, clique aqui).
O freio labial em crianças é algo comum e que passa a representar preocupação nos casos em que se torna persistente, fibroso e protuberante, principalmente quando associado a condições como diastema (dentes com um espaço “a mais”) entre os incisivos centrais e/ou apresenta isquemia (falta e fornecimento de sangue) quando tracionado.
Casos de freio labial devem ser sempre avaliados, com ainda mais indicação quando a criança apresenta alguma dificuldade em falar ou mastigar.
Uma das questão que também preocupa em relação ao freio labial é que ele acaba facilitando o acúmulo de restos de alimentos por causar a retração da gengiva.
Após uma criteriosa avaliação por parte do Odontopediatra, a criança pode ser submetida a uma correção cirúrgica, hoje feita da forma menos invasiva possível. O procedimento é simples e pode ser feito no próprio consultório.
O momento ideal de avaliar a necessidade de uma intervenção é após a erupção completa (nascimento) dos 4 dentes incisivos superiores (o 4 dentes centrais), que acontece por volta dos 7/8 anos.
É importante salientar que as consultas periódicas ao dentista permitem que o profissional faça um diagnóstico que detecte qualquer problema logo no começo, o que permite um tratamento e/ou orientações adequadas, o que promoverá o melhor desenvolvimento da saúde de criança, não só bucal, mas de uma forma geral.
E por fim, os pais devem sempre acompanhar a higiene bucal da criança, estimulando que a criança aprenda da forma correta e compreenda a importância do autocuidado. A criança só tem autonomia para fazer a Higienização (escovação e uso do fio dental) sozinha por volta dos 10 anos, até lá, melhor manter a supervisão e ajudar as crianças na medida da dificuldade ou habilidade desenvolvida ao longo do processo de crescimento e desenvolvimento da criança de forma individualizada, respeitando suas particularidades!