Este texto visa a esclarecer alguns pontos importantes da mastigação, demonstrando como sua importância vai muito além de auxiliar na alimentação. O conteúdo foi baseado em estudos apresentados pela Dra. Patrícia Valerio e pelo Dr. Rodrigo Valerio, divulgado no canal do youtube “Instituto Patrícia Valerio”.
Pesquisas apontam que a mastigação é capaz de prevenir a demência senil. Alguns mecanismos seriam responsáveis por uma série de processos que interferem, direta ou indiretamente, no desenvolvimento cognitivo do indivíduo e a manutenção de sua saúde mental.
A região do cérebro responsável pelo controle neuromuscular, do qual depende a mastigação, é chamada formação reticular, uma agregação de neurônios, separados por redes de fibras nervosas, situada na parte central do tronco encefálico. Essa formação tem uma ligação direta com o sistema límbico. Dentre as diversas funções pelas quais o sistema é responsável estão: as respostas emocionais, o comportamento, a memória, o aprendizado e os processos metabólicos e hormonais.
Ocorre que a mastigação ativa a formação reticular, ativando, por sua vez, o sistema límbico e suas diversas estruturas (como o hipotálamo, hipocampo e as amígdalas). Na sequência, ocorrem uma série de outras ativações, inclusive relacionadas ao processo de liberação de cortisol, formando, assim, um ciclo que comanda diversas funções e respostas do organismo.
Sendo assim, fica evidente a importância da adequada mastigação para a saúde mental.
Quando tratamos da saúde da criança, é indiscutível que a correta mastigação é corresponsável pelo seu desenvolvimento, inclusive cognitivo.
Concluímos que a reabilitação do paciente que sofreu perca total ou parcial de dentes, seja criança ou adulto, é fundamental para a sua saúde. Além disso, é preciso munir esse paciente com orientações para uma correta mastigação: bilateralmente, de forma igualmente alternada.
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