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Foto do escritorEquipe Dra. Eliane Garcia

PLAGIOCEFALIA: O DESENVOLVIMENTO ANORMAL DO CRÂNIO

Atualizado: 4 de fev. de 2021

Não é a primeira vez que trazemos este tema ao blog, mas diante da grande relevância do assunto, achei interessante abordá-lo novamente, até porque venho aprofundando meus conhecimentos na área, um exemplo disso é o curso que realizei recentemente, o qual permitiu que eu desenvolvesse ainda mais as minhas habilidades de diagnóstico na prática.


E compartilhar meus conhecimentos com meus pacientes e leitores é gratificante para mim!




A Plagiocefalia Posicional é uma má formação que ocorre durante o crescimento do crânio do bebê, que pode ocorrer por uma má posição intrauterina ou apoio excessivo da cabeça em uma mesma posição, sendo esta a causa mais comum do problema.


O tratamento destes casos deve começar pela prevenção. É importante esclarecer os pais e comunicar as recomendações que devem ser feitas principalmente durante os dois primeiros meses de vida, pois os conselhos de reposicionamento do bebê poderão diminuir ou evitar possíveis deformações cranianas. A partir dos 4 ou 5 meses de vida, o lactante já tem capacidade de regular a sua própria posição, por isso não necessitar de tantos cuidados nesta altura.


É importante considerar que existe um crescimento craniano bastante rápido nos dois primeiros anos de vida, e que mais de 50% dos casos de Plagiocefalia são reduzidos apenas com medidas cautelosas de posicionamento, embora, existem alguns casos que pioram com o tempo. Além do prejuízo estético, como o desalinhamento das orelhas, olhos e formato da cabeça, a condição também pode provocar significativos desajustes na arcada dentária.


O tratamento depende da extensão do caso, e varia desde medidas educativas, de posicionamento e até a indicação do uso de órtese do tipo capacete e mesmo indicação cirúrgica (apenas nos casos das plagiocefalias com grandes deformidades do crânio, que são raros). Na maioria das vezes, o uso do capacete consegue resolver o problema de forma 100% eficaz.

Aplica-se, também, o uso da fisioterapia com a terapia manual, a mobilidade craniana é estudada e devolvida quando ausente. Através das mãos, do tato, da sensibilidade do fisioterapeuta são constatados bloqueios ou alterações no movimento fisiológico entre as suturas cranianas, durante a avaliação manual, podendo ser assim devolvida. Todas as cadeias fisiológicas vão ou partem do crânio. As cadeias fisiológicas são circuitos anatômicos, auto estradas de forças onde circulam as forças organizadoras do corpo.


Com a terapia manual consegue-se mobilidade, relaxamento das tensões intraósseas, relaxamento das suturas, relaxamento das membranas nas posturas que as permitem.

O uso destas técnicas manuais são agradáveis, suaves e relaxantes e procuram o equilíbrio e o relaxamento de todas as estruturas que estão em tensão e com bloqueios de movimento devolvendo assim a assimetria do craniana.


Independentemente do tratamento indicado, o problema deve ser tratado o quanto antes, sendo a melhor oportunidade durante o período de maior crescimento do crânio, entre os 5 e 6 meses do bebê. Após os 24 meses o quadro se torna, quase sempre, irreversível.


As consultas de rotina, tanto com o Pediatra, quanto com o Odontopediatra e demais profissionais, são de extrema importância para garantir a saúde e o bom desenvolvimento do bebê, nesta e em outras situações.


COLABOROU A FISIOTERAPEUTA DRA. RAQUEL BUSSIKI.


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